Paradoxo da Água e do Diamante

 “Não há nada de mais útil que a água, mas ela não pode quase nada comprar; dificilmente teria bens com os quais trocá-la.
Um diamante, pelo contrário, quase não tem nenhum valor quanto ao seu uso, mas se encontrará frequentemente uma grande quantidade de outros bens com o qual trocá-lo.”
Adam Smith – Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, 1776.
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Para resolver o paradoxo é muito simples: toda e qualquer unidade de um bem vale de acordo com a satisfação das nossas necessidades e desejos que se obtém da última unidade disponível do bem.
No meio de um deserto, 1 copo de água pode valer mais que 1 diamante, pois perante o desejo de ter os 2, escolheríamos o que nos era mais útil na situação em que estávamos.
Porém, se estivermos numa cidade com sistema de água instalado, a água é tão super-abundante que não valerá nada, enquanto o diamante continua a ser escasso e o objeto de cobiça de todos.
Neste mundo, tudo é relativo e o valor depende da facilidade com que obtemos as coisas.
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Agora para economistas:
Para resolver o paradoxo é muito simples: basta desenhar um gráfico com 2 curvas da Oferta e 2 curvas da Procura como na figura abaixo.
Sd e Dd são Oferta e Procura de Diamantes e intersectam-se no Preço de Equilíbrio Pd e na quantidade Q1.
Sw e Dw são os da Água (Water) e intersectam-se no Preço de Equilíbrio Pw e na quantidade Q2.
Sw pode ser completamente inelástica, como na figura, ou pode ser-lhe dada alguma elasticidade (declive positivo), mas deve ser sempre muito baixo. Sd pode ser ainda mais subido: é caro extrair diamantes!
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Para finalizar, para quem quer ir ainda mais fundo, fica a explicação teórica:

12 pensamentos sobre “Paradoxo da Água e do Diamante

  1. Paulo Pereira

    APC, pois lá está , teses fantasistas precisam de contos de fadas para explicar a economia.

    Vocês nunca aprendem !!! Vêm muitos desenhos animados e depois dá nisto !

  2. GriP

    PR,

    Desampare a loja, que cansativo, fique longe e não chateie, vá trollar para outros lados.

  3. Luís Barata

    Necessidades e desejos são coisas distinctas. Se um pode ser relativo o outro não. Faltará acrescentar o argumento que se bem me lembro é de Hayek, onde o que está em causa não é toda a água… que é o que faz a ligação entre o baixo valor da água e a necessidade.

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