Certamente a maioria dos leitores já viu a publicidade de Paulo Futre ao Libidium Fast Extra. Se ainda não viu, aqui está o video:
Quem prestar atenção ao que é dito no anúncio, facilmente perceberá que aquele produto não é concorrente do Viagra ou qualquer outro produto farmacêutico idêntico no tratamento da impotência sexual masculina. Aliás, se o fosse, além de necessitar de receita médica como os outros, não poderia fazer publicidade na televisão, por restrição legal da – julgo – Infarmed.
No entanto, poderá haver alguns homens mais “distraídos” (ou mais envergonhados para consultarem o seu médico) que são induzidos a pensar que este suplemento alimentar, vendido como estimulante sexual, substitui as referidas drogas farmacêuticas, mas a custo mais baixo. Só mais tarde, depois de o tomarem, saberão do seu real efeito.
O mesmo se passa nas campanhas eleitorais. Todos ouvimos promessas dos vários partidos que, se ganharem, as suas políticas terão resultados milagrosos e com um custo para os contribuintes muito baixo (ou nulo). Só acreditam os mais distraídos…
Aqui fica o meu ranking dos partidos que mais “comprimidos” venderam e mais dificuldade teriam em justificar, a seguir às eleições, se fossem governo, os custos reais das políticas defendidas:
- Partido Socialista: não faltam promessas a todo e qualquer grupo de cidadãos. Custos? Melhor não falar deles. São os campeões da
impotênciairresponsabilidade fiscal. - Bloco de Esquerda: restringiu a campanha muito à crítica dos custos da anterior governação mas as promessas, apesar de mais dissimuladas que as do PS, teriam grandes custos.
- Portugal à Frente (coligação PSD/CDS): centraram a campanha na crítica ao programa do PS, permitindo-lhes não exagerar nas promessas e atenuar a exposição mediática dos custos que (ainda!) estão para vir, conforme compromissos já assumidos na União Europeia.
- CDU (coligação PCP/Verdes): ao assumirem que as promessas serão pagas com a saída do euro, reestruturação unilateral da dívida e redistribuição/aumento de impostos a cobrar, são os mais honestos da campanha eleitoral. Problema para eles é: quem quererá viver num regime comunista? Felizmente poucos.
Nota: na minha opinião, o Bloco de Esquerda trocaria de lugar com Portugal à Frente se fosse um pouco mais transparente nas intenções sobre como pagar o que prometem. Claro que, depois, poderia não obter tantos votos.
Olha, afinal há duas coligações a concorrer às eleições Sempre pensei que havia só uma. Agora fiquei baralhado. Já não não sei em qual delas devo votar…
“ao assumirem que as promessas serão pagas com a saída do euro, reestruturação unilateral da dívida e redistribuição/aumento de impostos a cobrar, são os mais honestos da campanha eleitoral.”
Perdão?
Dizem que querem acabar com as eleições e instituir uma “Democracia Popular”
Dizem ás pessoas que qualquer equipamento para casa delas passa custar o dobro ou o triplo?