um mundo que tem desaparecido

“Todos os políticos, no Governo ou na oposição, dizem que não existe nada mais importante que a educação (…) O brilhante resultado está à vista: uma escola que não serve nem ensina os portugueses e cuja maior função é ocupar-lhes o tempo. É por isso que de vez em quando se fala no regresso do ensino profissional como alternativa a quem não acede ao ensino superior, que hoje é também uma armadilha que não garante nem sabedoria nem acesso ao mercado de trabalho. Ninguém duvida que deve haver ensino profissional. Mas querer recuperar aquilo que foi um excelente exemplo há décadas é repetir a história como farsa. Antigamente quem ia para o ensino profissional tinha as portas abertas na indústria. Todo esse mundo desapareceu.”, Fernando Sobral, hoje no Jornal de Negócios (contracapa).

6 pensamentos sobre “um mundo que tem desaparecido

  1. Carlos Duarte

    Caro RA,

    Obviamente que depende do ensino profissional ministrado, mas não me parece ser verdade que esse mundo tenha desaparecido. Existe (fora da construção civil) bastante procura para trabalhadores especializados (serralheiros, electricistas, torneiros, etc). O que não existe são os referidos trabalhadores!

  2. Ricardo Arroja

    Caro Carlos Duarte,

    Que “tem desaparecido”, foi o que eu escrevi! Mas talvez devesse ter escrito “que tem vindo a desaparecer”…

  3. paam

    E eis um admirável mundo novo que surge: “Universidades” de verão do PS e PSD… Não garantem sabedoria mas as probabilidades de emprego são boas.

  4. Pisca

    Escrever à toa sem saber o que era de facto, dá em disparate só pode ser.

    No principio dos anos 60, com um aumento de vontade de acesso a mais ensino além da 4ª classe, o regime inventou uma coisa chamada o Ensino Técnico

    Como era, um Ciclo Preparatório de 2 anos, e depois os Cursos de Formação, para que nada faltasse havia inclusivé um Curso de Boa Dona de Casa, chamado o Curso de Formação Feminina

    Assim os filhos dos mais pobres podiam estudar mais alguma coisa, aos 12/13 anos depois do ciclo “escolhiam” uma carreira, normalmente os rapazes iam para o Comércio (empregado de escritório) ou Industria, assim tivessem ou não jeito para o Desenho e Trabalhos Manuais, disciplinas eliminatórias no tal Ciclo Preparatório

    Só teriam acesso a cursos mais avançados (Instituto Comercial/Industrial), depois de cumprir mais um ano de formação, Secção Preparatória, após o já dito curso de formação completado, e só depois dos Institutos completados tinham finalmente acesso à Universidade, tudo isto com vários exames de acesso que começavam na 4ª classe

    Os Institutos produziram uma coisa chamada Agentes Técnicos ás carradas (o curso original do Socrates)

    Resta acrescentar que as propinas dos Curso Técnicos eram menos de metade das cobradas nos Liceus, e que este apenas existiam em alguns sitios, até finais dos anos 60, por exemplo Almada só teve liceu no final de 60 principios de 70, no entanto tinha um colégio particular (do Patriarcado), que era equivalente

    Entendido ?

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